ampulheta

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Ampulheta do séc.XVI

Um dos diversos instrumentos que o homem concebeu para medir o tempo foi a ampulheta. Também conhecido por relógio de areia a sua invenção é atribuída a um monge de Chartres, de nome Luitprand que viveu no séc.VIII. No entanto as primeiras referências deste tipo de objecto aparecem apenas no séc.XIV. Pela descrição de então admite-se que a ampulheta já era usada a bordo. É constituída por duas âmbulas de vidro unidas pelo gargalo e de modo a deixar passar a areia de uma para outra num determinado intervalo de tempo através de um orifício. Até meados do séc.XVIII as duas âmbulas eram fabricadas separadamente colocando-se entre os gargalos de ambas uma pequena peça metálica com um orifício devidamente calibrado para a passagem da areia. A ligação era feita com cabedal ou uma pinha - um entrelaçado feito com cabo. Para proteger o conjunto era usada uma armação em madeira ou latão. Mais tarde as ampulhetas foram feitas de uma só peça de vidro com um orifício para a passagem da areia. A areia usada nas ampulhetas podia ser branca ou vermelha, desde que fosse fina, seca e homogénea. A proveniente de Veneza tinha grande reputação. Além de areia também se podia usar cascas de ovo moídas, pó de mármore, pó de prata e pó de estanho calcinado misturado com um pouco de chumbo. Este último aconselhado para as ampulhetas de 24 horas. A vida a bordo era regulada por este instrumento. Existiam ampulhetas para tempos de uma, duas ou mais horas mas as mais usadas eram as de meia-hora também conhecidas por relógio. De boa precisão a ampulheta era no entanto afectada pelos balanços, temperatura - por isso devia ser colocada à sombra - e o alargamento do orifício desgastado pela passagem da areia. Mas quem a manejava era ainda o maior culpado. Um esquecimento, um atraso ao virar ou ainda, e a mais frequente, motivada pela pressa em encurtar a duração de um quarto fazia que quem estivesse de turno, a virasse antes de esgotar toda areia. Este facto era conhecido entre os marinheiros por comer a areia. Ao virar a ampulheta, o marinheiro tocava o sino; uma badalada às meias horas e pares de badaladas correspondentes à hora de quarto. Um par à primeira, dois à segunda, etc. Falta dizer que cada quarto era, e ainda hoje é assim, de quatro horas. Aos quartos da noite também se davam nomes. Das oito da noite à meia-noite era chamado de prima, seguia-se a modorra da meia-noite às quatro e por fim, a alva das quatro às oito da manhã. O acerto era necessário e fazia-se com o astrolábio ao meio-dia através do sol, quando o tempo o permitisse. Para a obtenção da latitude bastavam as tabelas de declinação e a medição da altura do sol. A longitude, até ao séc.XVIII, era obtida por estimativa a partir da distância/rumo percorrida pelo barco. A velocidade necessária para o cálculo era obtida com uma barquinha e uma ampulheta de 30 segundos. Este método era pouco rigoroso para a obtenção daquela coordenada geográfica.



Anemómetro

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Aparelho que serve para medir a intensidade do vento.



Astrolábio

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O astrolábio é um antigo instrumento para medir a altura dos astros acima do horizonte.

 

Astrolábio Planiférico
de Nicol Patenal
1616

O instrumento era composto por um disco graduado, a madre, onde se achavam colocadas várias lâminas circulares. Essas lâminas eram também graduadas à superfície das suas margens, permitindo através da alidade determinar a altura de qualquer astro. A alidade girava em torno do centro comum da madre e de todas as lâminas. Cada uma das lâminas ou discos servia para uma determinada latitude. No séc.XI, Zarquial, um árabe da Península Ibérica, idealizou um astrolábio universal com uma só lâmina e que servia para qualquer lugar. Com o astrolábio plano resolviam-se problemas geométricos, como calcular a altura de um edifício ou a profundidade de um poço. Era também usado em astrologia. O astrolábio naútico foi a simplificação do planisférico e tinha apenas a possibilidade de medir a altura dos astros. Inicialmente tinham a configuração da face posterior dos planisféricos. No entanto e com a experiência dos pilotos ganhou nova forma. Deixou de ser fabricado em chapa de metal ou madeira e passou a fundir-se em liga de cobre de modo a que o seu peso, cerca de dois quilos, o sujeitasse menos ao balanço do navio. O disco inicial foi parcialmente aberto para diminuir a resistência ao vento. A forma definitiva do astrolábio náutico fixa-se assim numa roda, de 15 a 20 cm., com dois diâmetros ortogonais no centro da qual gira a medeclina. Esta alidade dispõe de duas pínulas com orifícios através dos quais se visava o astro. Num dos extremos da medeclina é interceptada uma escala de 0 a 90 graus gravada nos quadrantes superiores da roda.

 

Astrolábio Dundee
1555

Para tomar a altura de um astro suspendia-se a roda na vertical pelo anel de suspensão, movendo-se a medeclina até que o feixe luminoso do sol atravessasse simultaneamente os dois orifícios das pínulas. A observação directa do sol não é possível sem danos para a vista pelo que se colocava, num plano inferior, um papel que assinalasse o feixe luminoso. Alguns minutos antes do meio-dia movia-se a mediclina no sentido ascendente até que, ao meio-dia solar, e num breve momento, a mediclina conservava-se estacionária para em seguida mover-se no sentido inverso. Pela maneira de como se efectuava esta operação era conhecida pelas gentes do mar como "pesar o sol". A leitura da escala, interceptada então pela medeclina, indicava a altura meridiana do sol que complementada com a consulta das tabelas de declinação do sol permitia calcular a latitude do lugar. O Almirante Gago Coutinho é de opinião que o astrolábio apenas servia para medir a altura do Sol e, numa travessia Atlântica a bordo da barca Foz do Douro, demonstrou experimentalmente a impossibilidade de, em boas condições, se visarem estrelas a bordo com um astrolábio.

 

Representação da
Pesagem do Sol

Nos primeiros tempos o zero da graduação encontrava-se na horizontal do quadrante mas no séc.XV o sentido da escala foi invertido agora com o zero na vertical do quadrante. Obtinha-se assim directamente na escala a distância zenital (complemento da altura) do astro suprimindo uma operação no cálculo da latitude, sempre complicado para os pilotos da época. Para o hemisfério Norte a fórmula da latitude é lat = (90º - h) + d o que simplificado dá lat = z + d (h-alt. do astro, d-declinação, z-dist.zenital).



Balestilha

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Há quem afirme que foram os portugueses que inventaram a balestilha. Seria uma inspiração do kamal, visto por Vasco da Gama na sua passagem pelo

Barómetro

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Previsão metrológica ilustrada por 4 símbolos

- Pressão Atmosférica

- Alarme de Tempestade

- Temperaturas Interior e Exterior

- Relógio

 

Em navegação a previsão das condições do tempo é de extrema importância. Nos barcos à vela a direcção e intensidade do vento são primordiais para se poder tirar o maior rendimento possível. Estes instrumentos ajudam não só durante a navegação mas também na previsão.



Barquinha

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Os primeiros meios para obter a velocidade de um barco eram pura e simplesmente por estimativa, ou melhor, a "olho". Deixando cair ao mar um objecto flutuante comparava-se assim o andamento do barco. Vê-se assim que a precisão obtida não favorecia uma navegação precisa, o que nos espanta hoje em dia a aventura que era navegar naquele tempo. A barquinha, ou barca, é dos mais antigos aparelhos que se conhece destinados a medir a velocidade de um barco. Existe quem atribua esta invenção ao português Bartolomeu Crescêncio, fins do séc.XV princípios do séc.XVI. É constituído por uma peça de madeira de secção triangular, o Batel, cujo bordo arqueado é lastrado com chumbo de modo a ficar vertical na água. Num tambor, chamado Carretel, temos enrolado um cabo de massa que liga ao batel por um pé de galinha de duas pernadas. Uma, a maior, é fixa num orifício no vértice do arco sector. A outra mete-se com um ligeiro aperto de uma peça de madeira, chamada Cravelha, num furo próximo do arco do sector. Para facilitar a recolha para bordo deve-se de dar um esticão de modo a libertar a cravelha e diminuir assim a resistência da água no batel.

A parte importante deste odómetro é a sua graduação, constituída por marcas espaçadas no cabo de massa, feitas basicamente da seguinte maneira: A partir do batel deixa-se um comprimento de cabo igual ao comprimento da embarcação, colocando aí um trapo vermelho (a fim de evitar o efeito de esteira). A partir do trapo vermelho dá-se na linha um ou mais nós de barca, de 14.46 em 14.46 metros (o comprimento da linha entre dois nós, para um tempo de 30 segundos - 1/120 da hora - deve ser de 1852m/120= 15.43m; no entanto a prática demonstrou que, para compensar algum arrastamento do batel na água, deve adoptar-se 14,46m). Para a determinação da velocidade, o batel é deitado à água e o cabo de massa deixado desenrolar do carretel. Ao atingir a marca vermelha, inicia-se a contagem do tempo, durante 30 segundos, findos os quais se faz a contagem do número de nós que saíram, sendo esse o valor da velocidade em milhas náuticas por hora. Esta é a razão porque a unidade de velocidade na água passou a denominar-se Nó. Outrora a contagem do tempo era feita através de uma ampulheta mas, hoje, pode ser utilizado um vulgar relógio de pulso. Nesta classe de instrumentos, denominada por odómetros rebocados, em que a barquinha se inclui, existe ainda a barca patente ou barca móvel. Este aparelho tem um hélice cujo movimento é transmitido a uma engrenagem acondicionada dentro de um tubo onde se encontra um mostrador indicando as milhas percorridas. Como vai a reboque tem de se metê-lo dentro todas as vezes que se pretende efectuar uma leitura. Hoje em dia estão praticamente postos de parte na vida quotidiana de bordo, mas dado que são facilmente montáveis e desmontáveis, podem servir ainda como odómetros de emergência.



Binóculo

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No século XVII o padre Reitha, um investigador alemão, uniu duas lunetas a que chamou binóculo. Hoje em dia são acrescentados prismas e azoto de modo a melhorar-se a qualidade da luz que atravessam as lentes, havendo mesmo tipos de binóculos onde não é preciso fazer sequer a focagem do objecto.



Bússola/Rosa-dos-ventos

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Mais conhecida pelos marinheiros como agulha, é sem dúvida o instrumento de navegação mais importante a bordo. Ainda hoje. Baseia-se no princípio que um ferro natural ou artificialmente magnetizado tem em se orientar segundo a direcção do campo magnético da Terra Os rumos ou as direcções dos ventos têm origem na antiguidade. Na Grécia começaram com dois, quatro, oito e doze rumos. No início do séc. XVI surgem já 16 e na época do Infante D.Henrique já se usavam rosas-dos-ventos com 32 rumos. Primeiramente o rumo era associado à direcção do vento e só mais tarde aos pontos cardeais

Rosa-dos-Ventos

Era marcada com os pontos cardeais e com os quadrantes divididos consoante os rumos. Aos espaços entre cada um dos 32 rumos chamavam-se quartas (11º15') que ainda podiam ser divididas ao meio, as meias-quartas (5º37') e estas em quartos (2º48')

Rosa dos ventos 1569

Bússola

A bússola consta de leves barras magnetizadas e paralelas que se fixam na parte inferior de um disco graduado. O disco chamado rosa-dos-ventos tem no centro um capitel com um cavado cónico com uma pedra encastrada (rubi, safira, etc.) onde assenta numa haste vertical, o pião, fixada no fundo do morteiro. No vidro ou na parede do morteiro exite um traço vertical chamado linha de fé que indica com rigor a direcção da proa da embarcação

Bússola francesa 1690

Durante o séc.XVI as nossas bússolas tinham, pelo menos desde 1537, um sistema de balança para manter o morteiro horizontal Quando se começou com os cascos em ferro o desvio tinha um efeito considerável e a bússola teve de ser adaptada. A bitácula passou a incluir uns ferros para compensar esse efeito e umas esferas de ferro de maneira a conduzir o fluxo magnético à volta da bússola e atenuar as influências dos ferros envolventes

Agulhas

Já no fim deste século apareceram as agulhas electrónicas que aproveitam o efeito indutivo do campo magnético terrestre sobre uma bobine e transformam electrónicamente a informação Permitem assim uma ligação a outros equipamentos electrónicos de bordo, como o piloto automático ou computador que fazem um uso quase ilimitado dessas potencialidades

Bússola de Leitura Horizontal com Inclinómetro

Modernamente, e devido à instalação das agulhas em paineis quase verticais, deixando assim de estar colocadas em bitáculas, as rosa-dos-ventos têm um rebordo que permite a sua leitura também na horizontal

 

Bússolas Tácticas

Mais especializadas e muito vantajosas nas bolinas, são usadas em competição principalmente em triângulos olímpicos. A rosa-dos-ventos além da graduação habitual em graus está dividida em 4 quartos de cores diferentes. Cada quinze graus de cada quarto está marcada desta vez com um número. Este tem correspondência em todos os quartos, o que faz com que se decore apenas um número qualquer que seja o bordo em que naveguemos

 

Declinação

A declinação (D) é o ângulo compreendido entre o Norte verdadeiro (Nv) e o Norte magnético(Nm). Varia de local para local e no mesmo local lentamente com o tempo. Conta-se em graus e toma valor positivo (+) quando a partir do norte verdadeiro para o norte magnético cai para E - Leste e negativo quando cai para W - Oeste

Nas cartas náuticas é indicado a declinação magnética com a sua variação média anual para um determinado local

 

Desvio

O desvio (d) é o ângulo compreendido entre o Norte magnético(Nm) e o Norte da agulha(Na). Tal como a declinação é medido em graus sendo positivo para Leste e negativo para Oeste

 

Variação

A Variação (V) é a soma álgébrica da Declinação com o desvio. É portanto o ângulo compreendido entre o Norte verdadeiro (Nv) e o Norte da agulha(Na). Mede-se também em graus sendo positivo para Leste e negativo para Oeste



Cronómetro

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As navegações oceânicas a partir do séc.XV punham um problema quanto à determinação do ponto, no que respeita à obtenção da longitude. Um dos métodos mais simples e directos implicavam a medição do tempo, mas por essa altura os relógios de bordo eram as ampulhetas cujos erros grosseiros não permitiam o seu uso no cálculo. Não bastava já a pouca precisão dos relógios da época, que começaram por ter apenas ponteiros mostradores de horas, como não eram destinados ao uso a bordo devido às constantes oscilações do navio e às grandes variações de temperatura que faziam com que se desregulassem ou parassem frequentemente. Foram precisos vários avanços técnicos na relojoaria. Nos séc. XV e XVI desenvolveram-se as primeiras cordas em forma de mola enrolada. Em 1671 William Clement concebe o escape de âncora que necessitava apenas de 3º ou 4º do balanço de um pêndulo como regulador em vez dos 40º do escape de pêndulo de Galileu. Robert Hooke lembrou-se de aplicar a mola a uma corda de balanço que fazia oscilar a roda de um lado para o outro, mas foi o holandês Huygens que em 1674 apresenta o primeiro relógio que seguia este princípio. Foi prontamente acusado pelo inglês que afirmava ter sido ele o primeiro a inventar em 1658 este sistema, mas que apenas por falta de meios não o pode realizar. Em 1714 o Parlamento Britânico anuncia uma recompensa a quem descobrisse um método prático de calcular a longitude no mar. O método utilizando a medida do tempo já era conhecido, mas faltava um aparelho com uma precisão e fiabilidade até então nunca conseguida. Candidatando-se ao prémio, foi John Harrison que em 1735 viria a conceber o primeiro cronómetro marítimo, o célebre nr.1 que pesava 35 kg! Foi ensaiado pela Marinha inglesa a bordo do Centurion numa viagem a Lisboa. Por morte do comandante desse navio, John Harrison foi mandado embarcar de volta a Inglaterra no Oxford. Apesar de ter demonstrado poder conservar o tempo de uma forma até então nunca alcançada por qualquer instrumento, os poucos segundos de diferença fizeram com que John Harrison quisesse aperfeiçoar o cronómetro tanto em precisão como em tamanho.

 

 

Cronómetro H-1 (1737)

Apresenta assim em 1741 o modelo nr.2 com algumas inovações técnicas que melhoraram significativamente a sua precisão. Foi sujeito a testes de temperaturas e choques violentos pela comissão e os resultados foram positivos, mas pesava mais de 40 quilos em vez dos apenas 35 da versão anterior. O modelo nr.3 (1759) com o peso de 8 kg quase nem chegou a ser testado porque o próprio John Harrison não se sentiu satisfeito. Começa logo a desenvolver um novo modelo que fica concluído em 1760. É o famoso nr.4 que pesa somente 1,5 kg! Numa viagem de 9 semanas à Jamaica o relógio perdeu apenas 5 segundos, mas foi preciso uma segunda prova de 5 meses, em que o atraso foi de apenas 54 segundos, para confirmar o direito ao prémio.

 

CRONÓMETRO H-4 (1760)

Apesar do enorme sucesso que foi a invenção do cronómetro, a sua introdução a bordo foi lenta e só em meados do séc.XIX o seu uso começou a generalizar-se. Isto devido ao seu custo e sobretudo ao receio dos comandantes na fiabilidade do novo instrumento. Mesmo que levassem dois ou mais cronómetros (e faziam-no!) nunca sabiam qual deles estava errado. Os cronómetros marítimos foram usados por James Cook nas suas viagens de exploração e permitiu-lhe cartografar com grande rigor as águas por onde passou. Como ainda havia receio quanto à precisão, o almirantado inglês ofereceu 4 cronómetros para a viagem. Em 1831 o Beagle, onde Charles Darwin elaborou a sua teoria da evolução, levava a bordo 22 cronómetros, tal era o receio de se perder o tempo. Este receio só desapareceu completamente com o aparecimento da TSF que passou a emitir um sinal horário permitindo assim o acerto dos cronómetros.

 

 

CRONÓMETRO MAR

GPS

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Significa Global Positioning System

É um sistema de navegação com base em satélites artificiais que emitem sinais rádio com informação sobre uma posição tridimensional, velocidade e tempo numa base de 24 horas

Este sistema criado nos anos 70 é controlado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos que fornece dois serviços

O sistema é constituído por 24 satélites (3 deles estão de reserva) em 6 orbitas circulares de 12 horas a cerca de 20.200 Km de altura Estes satélites estão colocados de tal modo que em qualquer altura e ponto do nosso globo 6 deles estão sempre visíveis. São controlados cinco estações de rastreio e três antenas espalhadas pelo globo que recolhem informação daqueles e transmitem-na para a estação principal situada em Colorado Springs

Os receptores captam os sinais emitidos pelos satélites visíveis

Estes dados são processados pelo GPS que os traduz nas três coordenadas posição (latitude, longitude e altitude), velocidade e tempo

Um GPS deve bloquear os sinais pelo menos de três satélites de modo a fazer uma triangulação

Esta característica permite obter a informação o mais fiável e actualizada possível.

A vantagem do uso de um GPS é a sua disponibilidade em qualquer condição meteorológica e simplicidade do seu uso. Basta carregar apenas num botão e ... teremos quase instantaneamente as coordenadas!



Identificador de Estrelas (Starfinder)

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Este instrumento serve, tal como o nome sugere, para identificar estrelas. Têm a forma de discos com cerca de 20 cm de diâmetro e apesar de semelhantes existem dois tipos. Diferem basicamente em poderem ser usados em qualquer latitude ou pelo contrário restringidos a uma só latitude.
Em navegação usa-se normalmente aquele que serve para múltiplas latitudes. É composto por um disco base, onde cada lado deste representa um dos hemisférios, inscritos com as estrelas do almanaque náutico. No bordo deste disco existe uma escala de 0 a 360 graus, com início no Ponto Aries.
Existem depois vários discos transparentes, cada um para uma determinada latitude, que se justapõem sobre o disco do hemisfério que nos interessa. Estes discos transparentes têm linhas que marcam o horizonte visível, o zénite e as alturas das estrelas. Uma seta permite depois alinhar este disco na escala do disco base conforme a hora da observação. Deste modo as linhas do disco de latitude ficam a marcar o limite do céu observável nesse momento com as respectivas estrelas.

 

Disco Base do HEmisfério Norte

Disco de Latitude (35º N)

O outro tipo de identificador, mas que serve apenas para uma latitude, é mais usado por pessoas que não navegam mas que de alguma forma também se interessam pelos astros. Enquanto o modelo de navegação tem vários discos de latitude, este tem apenas um, e fixo, para a latitude pretendida. Tem no entanto uma vantagem. As estrelas representadas são em maior número o que permite uma melhor identificação e além disso estão também marcadas as constelações. Por último a escala na borda do disco não está em graus - o que implica sempre umas pequenas contas - mas está dividido em meses do ano com a possibilidade de seleccionar também a hora de observação, sendo a sua utilização mais imediata.

 

Identificador de Estrelas de Latitude Fixa (42º N)



Inclinómetro

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Tal como o nome quase nos sugere, serve para medirmos a inclinação transversal de uma embarcação. Existem inúmeros tipos de inclinómetros: com um simples pêndulo, ou de bolha semelhante a um nível de pedreiro (e com o mesmo princípio de funcionamento) e outros ainda embutidos numa bússola. É normalmente graduado em fracções de 5 graus numa escala até 45º. Alguns podem indicar mesmo os 90º com fracções de um grau.)

 

Inclinómetro de Pêndulo

Há quem use o inclinómetro apenas como elemento decorativo, mas este instrumento é por vezes essencial. Nos navios, sobretudo naqueles de algum porte, a carga deve ir bem acondicionada e é através deste simples instrumento que aquela pode ser correctamente distribuída e equilibrada nos porões. A carga mal acondicionada pode fazer com que o navio se volte sem poder recuperar a sua posição normal.

 

Bússula com Inclinómetro

Nos pequenos veleiros o inclinómetro dá-nos normalmente indicação de que pode ser altura de rizarmos as velas ou mudarmos de pano. A inclinação excessiva de um veleiro pode ser bonita e emocionante vista do exterior, mas é geralmente sinónimo de que, para o vento que sopra, há pano a mais e consequentemente eficiência a menos. Isto para não esquecer o esforço que todo aparelho está a ser sujeito.



Loran

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Abreviatura de Long Range Navigation.

Que é um sistema de localização do tipo hiperbólico que tem por base a medida do intervalo de tempo com que são recebidos sinais sincronizados por estações terrestres.



Radar

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É um aparelho que emite ondas que são depois reflectidas num objecto e detectadas por um receptor.

Este mede o intervalo de tempo entre a emissão e recepção do sinal calculando assim a distância até ao objecto.



Sextante

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Até ao aparecimento do GPS o sextante era um instrumento primordial em navegação. Na marinha de recreio há quem pense, erradamente, que já não é necessário. Convém no entanto não perder o treino no seu uso, já que, apesar de toda a panóplia tecnológica, este método é por enquanto o único infalível de obter a posição. Desde que haja Sol ...

Princípio de Funcionamento

O sextante é formado por um suporte metálico, normalmente latão ou outro metal mais leve e rígido ou ainda mais recentemente de plástico, com a forma de um sector. Em torno do centro move-se a alidade cujo extremo se desloca sobre um limbo graduado em graus com um dispositivo de fixação. Neste extremo da alidade existe outro dispositivo que pelo princípio de Vernier permite leituras até ao segundo com grande precisão. Solidário com a alidade move-se o espelho grande. Fixo ao sector encontra-se o espelho pequeno, que de facto é apenas meio-espelho sendo a outra metade de vidro transparente. No extremo oposto do sector encontra-se a luneta enroscada no colar. Em ambos os espelhos encontram-se justapostos vidros coloridos que servem de filtros aos raios solares. O funcionamento do sextante é simples. O objectivo é medir um ângulo entre dois objectos. Pega-se firme o instrumento e visa-se o horizonte através da luneta e movendo a alidade temos de levar a imagem reflectida do astro a coincidir com a imagem do horizonte visada directamente. Se o astro visado é grande, como o sol ou a lua, a coincidência com o horizonte faz-se pelo limbo (borda) superior ou inferior do astro. A alidade indica no limbo do sextante o valor do ângulo medido.

Coincidir Pelo Limbo do Astro

Como instrumento de grande precisão, deve ser tratado com cuidado. Existe no entanto um erro que é preciso levar em conta nas leituras. Ao levar a alidade ao zero da escala, verifica-se algumas vezes que as imagens (directa e reflectida) não estão devidamente alinhadas, devido à falta de paralelismo de ambos os espelhos. Neste caso devemos mover a alidade até que a coincidência se verifique. A diferença então lida na escala, tem o nome de erro de índice e deve-se aplicar em todos os cálculos para corrigir o valor do ângulo lido. Se este valor for muito elevado convém afinar os espelhos ou mandar fazê-lo numa casa da especialidade.

Erro de

Taxímetro

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Este aparelho permite tirar azimutes relativamente à direcção do navio. Normalmente está graduada de 0º a 180º alinhando o 0 com a proa do navio.



Telémetro

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Instrumento óptico que serve para medir distâncias. Conhecendo a distância entre dois pontos os ângulos formados para o terceiro permitem geometricamente obter a distância a este último.



Sonda

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As sondas electrónicas além de fazerem a leitura da altura da maré já permitem também obter uma visão tridimensional do fundo.